Ao invés de terminar a faculdade, liderei uma equipe de 200 pessoas na construção de ‘The Cosmonaut’, uma das minhas primeiras experiências transmídia. O projeto foi licenciado pelo Creative Commons e recebeu crowdfunding de 5000 apoiadores, levantando mais de meio milhão de dólares. Neste processo, dirigi um longa e 36 curtas-metragens, recebi prêmios internacionais, escrevi um livro e dei mais de 100 palestras em quatro continentes. Fui selecionado recentemente, dentre outros 79 belos cérebros de 44 países, para integrar o Singularity University Graduate Program, universidade criada pelo Google e NASA em parceria com Ray Kurzweil e Peter Diamandis. O Fórum Econômico Mundial também me convidou para integrar a Rede Global Shapers de jovens talentos globais. Em 2011, enquanto editava o filme, senti a necessidade de fazer algo criativo que poderia ser iniciado de manhã e concluído à noite. Voltemos dez anos no tempo e encontrei um garoto de 12 anos diante de seu primeiro dilema: comida ou filme? Ele escolhe o filme, mas sua paixão culinária herdada da mãe está sempre presente. Assim, enquanto terminava o filme, decidi abrir um restaurante pop-up secreto nos fins-desemana, inspirado no cubano “Paladares”. As pessoas vinham apenas por convite, mas acabamos com uma lista de cem pessoas e espera de dois anos. O conceito orbitava em torno da comida como experiência e narrativa sobre ingredientes e pessoas. Agora, avançamos a 6 meses atrás, quando decidi deixar o cargo de CEO da minha segunda empresa, um estúdio de realidade virtual e, finalmente, perseguir minha paixão pela culinária. Faminto por aprender coisas novas, criei um novo playground: o Cocina Sagrada. Um lugar para mesclar narrativa e comida. Criar rituais em torno da mesa. Adicionar camadas às histórias que explicam o prato, para o que está no cardápio, a toda a imersão que uma elevada experiência gastronômica deve ser.