INmobility: Mobimesh

Descrição

O projeto INmobility, um processo colaborativo entre Luisa Paraguai e Paulo Costa, propõe elaborar narrativas perceptivas sobre o cotidiano de grandes cidades e metrópoles. A proposta é resgatar as experiências dos motoristas no trânsito, e sintaticamente materializar os padrões de deslocamentos. Nesta etapa do projeto, distintas bases de dados são articuladas para produzir as narrativas visuais, tentando mapear e monitorar as atividades – modos de ver e perceber o entorno. Os resultados recriam paisagens urbanas, expandindo e contraindo os contornos, pelo exercício de diferentes escalas. A materialização do tempo ampliado, claramente gasto pelos motoristas em períodos de muito tráfego, admite intervenções – inscrições informacionais pelo acesso às bases de dados remotamente. Neste contexto, a dimensão temporal é considerada o elemento chave para gerenciar a cidade e seus possiveis modos de ocupação. A narrativa visual constrói-se a partir de padrões, materializando modos possiveis de percepção e orientação espacial. Processos de codificação e decodificação, atualizam a rotina diária e exercitam visualidades não previsíveis através de um algoritmo [denominado MobMesh – desenvolvido em co-autoria entre Paulo Costa e Luisa Paraguai], escrito em processing; relações matemáticas e iterações dividem as fotografias em faixas verticais e as reorganizam a partir de parametros de deslocamento – a velocidade dos automoveis. A interface proposta apresenta dois formatos de visualização conectados entre si. A parte superior traz as composições imagéticas, enquanto a inferior opera a construção de grafos ou triangulações resultantes da análise em tempo real (tracking) do fluxo de imagens obtidas por webcams urbanas. A simultaneidade estabelecida pela apresentação dinâmica de visualidades distintas busca construir uma formalização sobre o estados instantâneos do fluxo, dados pela conexão entre os sentidos de mobilidade física (deslocamento dos autmoveis no espaço/tempo) e densidade informacional. A proposta é recriar as paisagens urbanas, expandidas e contraídas pela manipulação de escalas e de percepções. Importa neste trabalho a investigação estetica da linguagem visual e simbólica, como articulação poética mediada pelo texto computacional.