The Perfect Being

Descrição

Em entrevista:

MARK: As imagens deste trabalho tiveram início em algo completamente diferente. Eu estava travado e meio infeliz com a direção que a narrativa estava seguindo. Foi então que recebi de Dave um link para um vídeo de ASMR (Resposta Sensorial Autônoma do Meridiano) – e fiquei encantado. Nunca tinha ouvido falar disso e logo comecei a pesquisar na internet. Lá encontrei a solução para a obra.

DAVE: No que diz respeito a ‘The Perfect Being’ e à atração por ASMR: Em primeiro lugar, nomeei os sentimentos de formigamento na cabeça, arrepios, calor sereno, etc. enquanto, há muitos anos atrás, ouvia um episódio de This American Life que tinha ASMR como tópico. Me senti atraído, não tanto pelo material estereotipado da ASMR, mas por todo o som produzido em geral. Como compositor e intérprete interessado em “micro som”, fui tão paciente quanto alguém que quisesse adentrar na comunidade ASMR, sondando os instrumentos ou sinais sonoros. Além disso, muito da música Espectralista e Textural que componho já utiliza elementos semelhantes aos utilizados em ASMR (por exemplo, planos de fundo sutis, reproduções de barulhos de armazém, tentativas de recriar o som de insetos quando amplificado). Tive a visão de criar músicas dedicadas a este universo, mas não tive tempo (ou determinação); além disso, os canais ASMR ou são repletos de fetichismo masturbatório ou de vídeos legítimos que acalmam a ansiedade. Não tinha a menor ideia de como me tornar um expoente indireto. Em ‘The Perfect Being’, utilizei o som da mulher nas imagens de Mark. Processei o áudio com alguns plug-ins de software ‘glitching’ (Fracture e Quadrant, da Glitchmachines), hospedados em Audiomulch, em longa improvisação e mínima edição. Ao olhar fixamente para a tela, foi muito difícil não cair num estado hipnótico enquanto mixava a trilha sonora; fiz intervalos a cada meia-hora, mais ou menos, até me render completamente.